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Ó FILHO DO ESPÍRITO! Amei tua criação; por isso te criei. Ama-Me, pois, para que Eu possa mencionar teu nome e te inundar a
alma com o espírito da vida. |
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Inteligência Espiritual: conceitos que merecem nossa reflexão como bahá'ís
17/9/2002 13:38:16
Inteligência Espiritual
A expressão QI (quociente de inteligência) entrou no vocabulário mundial no início do século 20, baseando-se em testes para
medir as competências lógico-matemática e lingüística.
Durante muito tempo, só era inteligente quem entendia de matemática. Mas essa percepção começou a mudar nos anos 80, com a
verificação de que havia outras capacidades importantes na vida de uma pessoa. Estudiosos passaram a definir inteligência
como a “capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural e comunitário”.
Em 1995, pesquisas realizadas por numerosos neurocientistas e psicólogos mostraram que capacidades como autoconhecimento,
autodisciplina, persistência e empatia têm repercussão muito maior na vida de uma pessoa do que o QI. Desenvolver a
inteligência emocional (QE) virou febre no final dos anos 90, principalmente no mundo empresarial.
No ano de 2000, a psicóloga e filósofa norte-americana Danah Zohar, autora do livro “Inteligência Espiritual|”, afirmou
que havia outro tipo de inteligência ainda mais importante que o QI e o QE: a inteligência com que abordamos e solucionamos
problemas de sentido e valor. O QS (quociente espiritual), segundo ela, é a base para o funcionamento eficaz das demais
inteligências.
O conceito de que QI e QE podem trazer crescimento profissional e financeiro, mas que para se alcançar alegria e paz
interior, o ser humano precisa também ter inteligência espiritual que vem sendo adotado por psicólogos, filósofos e
teólogos. Esta inteligência propulsiona o homem a encontrar um propósito para a própria vida. Segundo a psicóloga Zohar, a
falta de um sentido mais profundo na vida é a crise básica do mundo contemporâneo. “Fomos simplesmente distraídos”,
afirma ela, “pelo barulho e pelo materialismo da vida diária... Se não sabemos quais são os nossos maiores propósitos, os
nossos valores, como podemos agir criativamente? Só zanzamos ao redor como abelhas. Isso é o que está acontecendo na nossa
sociedade. As pessoas só fazem barulho e zanzam sem objetivo”.
Embora a expressão inteligência espiritual só tenha surgido na virada do século, a necessidade humana de encontrar um
sentido mais amplo para a vida acompanha o homem desde o seu surgimento, afiram Zohar. A novidade, agora, é que alguns
cientistas americanos estão começando a encontrar evidências de que o cérebro humano foi programado biologicamente para
fazer perguntas como: “Quem sou?”, “Por que nasci?”, “O que torna a vida digna de ser vivida?”.
No início dos anos 90, e mais recentemente, em 1997, neurologistas da Universidade da Califórnia identificaram no cérebro
humano um ponto que designaram de “ponto Deus” ou “módulo Deus”, que aciona a necessidade humana de buscar um sentido
para a vida.
Esse centro espiritual localiza-se entre conexões neurais nos lobos temporais do cérebro. Escaneamentos realizados
mostraram que essas áreas se iluminam toda vez que os pacientes discutem temas espirituais ou religiosos. “O ‘ponto
Deus’ mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, para buscar sentidos e valores mais amplos”, diz
Zohar.
A inteligência espiritual tem sido definida como a capacidade de aplicar, nas ações do cotidiano, princípios espirituais
com o objetivo de encontrar paz e tranqüilidade.
Alguns sinais de inteligência espiritual elevada:
- capacidade de ser flexível;
- grau elevado de autoconhecimento;
- capacidade de se inspirar em idéias e valores;
- relutância em causar danos aos outros;
- tendências a se questionar sobre suas ações e seus desejos;
- capacidade de seguir as próprias idéias e ir contra as convenções.
(Artigo extraído do caderno ‘Folha Equilíbrio’, Jornal Folha de São Paulo, out. 2001.)
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